quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O QUE É A IGREJA CATÒLICA ROMANA? (página 1)













INTRODUÇAO

A partir destas letras, o leitor começará a conhecer melhor a história da Igreja Católica Apostólica Romana e como ela se posiciona diante da Bíblia e dos seus ensinos. Em se tratando de uma religião com tantos adeptos, ela é a maior facção do cristianismo, ainda figura como a seita religiosa que possui o maior número de fiéis, contando com os que se dizem católicos não praticantes. Muitos se dizem católicos, mas desconhecem a história desta gigantesca instituição.
Em muitas partes do mundo ainda existem pessoas que acreditam na santidade do "santo padre", mas neste estudo traremos a memória o que a história diz sobre a vida desregrada de muitos que se intitulavam de "Vossa Santidade". Este livro não foi escrito para atacar a biografia de papas e vigários católicos, até porque mau caráter tem em toda religião. Os alvos de nossas reflexões serão as doutrinas, crenças, práticas e ritos católicos. O autor foi batizado e criado na doutrina católica, até que conheceu os grupos evangélicos e abandonou o catolicismo.
Entre os assuntos que abordaremos, vamos mostrar dados estatísticos sobre os números de papas, as doutrinas anti-bíblicas que ela foi acolhendo com o tempo, a história do catolicismo, uma passeada pelos palácios e templos católicos.

I – CRONOLOGIA DA PAGANIZAÇAO DO CATOLICISMO

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Apesar dos romanistas dizerem que a Igreja Católica Romana fora fundada pelo Senhor Jesus Cristo, a maioria dos historiadores e teólogos acredita que a formação da igreja católica se deu lentamente, isto é, desde que surgiu Zeferino, bispo de Roma, que começou um movimento herético contra a divindade de Cristo, até o fortalecimento do papado por Gregório I (590-604). Aqui citaremos uma lista das heresias que se foram introduzindo dentro da igreja com o passar dos anos.
HERESIAS E PAGANISMO
33-196 d.C. – Período de pureza doutrinária, e luta contra as heresias gnósticas.
199 d.C. – Calixto I tenta impor o título de bispo dos bispos ao chefe da igreja da cidade de Roma e recebe críticas do teólogo contemporâneo, Tertuliano.
254 d.C. – Estevão I tenta se intrometer nos problemas das igrejas do Norte da África e é reprimido por Cipriano, bispo de Cartago.
260 d.C. – Os ministros começam a ser chamados de sacerdotes.
270 d.C. – Antônio no Egito deixa seus bens materiais para viver retirado do mundo, a "moda pega". Alastra-se pela palestina, Europa e Ásia a construção de mosteiros.
343 d.C. – Concílio dos bispos ocidentais, em Sárdica, reconhece a autoridade do bispo romano.
370 d.C. – Após o cristianismo se torna a religião do Estado, os pagãos, principalmente os praticantes da religião pagã romana e grega, ingressam na igreja em massa, trazendo costumes e práticas que foram se acomodando no seio do cristianismo, tais como: culto aos santos, recepcionado por Basílio de Cesaréia, e Gregório de Nazianzo. Surgem os incensários e altares como parte do culto cristão.
384 d.C. – Sirício é o primeiro a usar o título de papa, mas muitos outros bispos também usavam este título.
400 d.C. – Começam a orar pelos mortos e fazerem o sinal da cruz, também surge a veneração de relíquias em maior grau.
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431 d.C. – Maria é proclamada Mãe de Deus.
445 d.C. – Leão I (440-461) é reconhecido pelo imperador III, em 445, como o "Primaz de todos os Bispos".
500 d.C. – Uso de roupas sacerdotais.
590-604 – Gregório I, na prática, exerceu toda a autoridade papal, por isso é considerado "Primeiro Papa Verdadeiro". Muitos historiadores o reconhecem como o primeiro papa com poder espiritual e temporal. O início oficial do papado.
593 d.C. – O dogma do purgatório começa a ser ensinado.
600 d.C. – O latim é usado oficialmente nas celebrações.
709 d.C. – Obrigatoriedade de beijar os pés do bispo universal.
758 d.C. – A confissão auricular é introduzida na igreja por religiosos do Oriente.
787 d.C. – Início do culto das imagens e das relíquias.
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819 d.C. – A festa da assunção de Maria é observada pela primeira vez.
850 d.C. – Uso de água benta.
880 d.C. – Canonização dos santos.
998 d.C. – Estabelecimento do dia de finados e a quaresma.
1000 d.C. – O sacrifício da missa.
1074 d.C. – Proíbe-se o casamento para os sacerdotes.
1075 d.C. – O clero deveria divorciar-se cada um da sua esposa. Gregório VII impõe o celibato.
1076 d.C. – Dogma da infalibilidade da igreja.
1095 d.C. – Indulgências plenárias.
1100 d.C. – Inicia-se a fase de pagamento da missa e o culto aos anjos.
1115 d.C. – A confissão auricular é transformada em artigo de fé.
1125 d.C. – Entre os cônegos de Lion aparecem as primeiras ideias da Imaculada da Conceição de Maria.
1139 d.C. – Torna-se obrigatório a ordem do celibato para o clero.
1160 d.C. – Estabelecimento dos setes sacramentos.
1186 d.C. – É estabelecida a santa Inquisição.
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1190 d.C. – Estabelecida a venda de indulgências.
1198 d.C. – Inocêncio III declara-se "Vigário de Cristo e de Deus, Soberano Supremo da Igreja e do Mundo" e institui a Inquisição.
1200 d.C. – Uso do rosário por Domingos, chefe da inquisição. O pão da ceia foi substituído pela hóstia.
1215 d.C. – A transubstanciação torna-se artigo de fé e é estabelecida a obrigatoriedade da confissão auricular anualmente.
1220 d.C. – Adoração a hóstia.
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1226 d.C. – Introduz-se a elevação da hóstia.
1229 d.C. – Proíbe-se ao leigo a leitura da Bíblia.
1264 d.C. – Festa do Sagrado Coração.
1303 d.C. – A bula "Unam Sanctum" proclamou e declarou que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única maneira do homem encontrar a salvação.
1311 d.C. – Procissão do Santíssimo Sacramento e a oração da Ave Maria.
1414 d.C. – Na Eucaristia era oferecida somente a hóstia aos participantes e o cálice restrito aos sacerdotes.
1439 d.C. – Os sete sacramentos e o dogma do purgatório são transformados em artigo de fé.
1546 d.C. – A tradição é conferida igual autoridade como a Bíblia.
1573 d.C. – É confirmada a canonicidade dos livros apócrifos.
1854 d.C. – Proclamação da doutrina da Imaculada Conceição de Maria.
1864 d.C. – Declaração da autoridade temporal do Papa.
1870 d.C. – É decretada a infalibilidade papal.
1950 d.C. – A Assunção de Maria é transformada em artigo e fé.

Como vimos neste capítulo, a Igreja Católica que hoje conhecemos, é uma deformação do cristianismo puro, que foi sendo abandonado lentamente até se tornar nesta Babilônia espiritual. As datas citadas na lista acima não são precisas, porque certas heresias se propagavam, mas depois eram reprimidas, quase se extinguindo, e mais tarde ressurgiam, permanecendo até serem aceitas oficialmente. Como exemplo, temos a questão da infalibilidade do Papa que já era advogada por muitos bispos de Roma em diversas épocas da história, mas que só foi decretada em 1870. Outras heresias já não existem, mas que eram amplamente aceitas e praticadas no passado, como a Inquisição, que punia com a morte os acusado de heresia e apostasia.

O QUE É A IGREJA CATÒLICA ROMANA? (página 2)


II – BIOGRAFIA DOS PAPAS


O que vamos expor agora não se trata verdadeiramente de biografias, mas, trazendo ao conhecimento dos leitores sobre algumas obras e pronunciamentos acerca de cinquenta papas; estes "pontifícios" que selecionamos entraram nos anais da história como homens pervertidos, malígnos, verdadeiros anticristos, que perseguiram e mataram milhares de cristãos. Outros papas viviam como os piores ímpios na Terra, em vidas dissolutas e condutas desonrosas. Não queremos manchar a biografia de ninguém, apenas trazer à memoria a vida de alguns papas que claramente não viviam como se deve proceder a um cristão. É bem certo que em todos os grupos religiosos existem pessoas maus-caracteres, mas o que nos deixa impactados é o fato de pessoas que se dizem o representante de Deus na Terra terem agido como agiram muitos papas.
Leão I (440-461) – Disse que resistir a sua autoridade era ir direto para o inferno, defendeu a pena de morte aos hereges.
Leão II (682-683) – Declarou que o ex-Papa Honório (625-638) era herético. É estranho que um "infalível" diga que outro infalível é herético.
Nicolau I (857-867) Fez uso de um livro que apareceu em 857 d.C. conhecido como "Pseudo decretais de Isidoro". Este documento foi uma invenção e corrupção premeditada de antigos documentos históricos. A farsa foi descoberta séculos depois. Nicolau se utilizou deste documento para mentir sarcasticamente dizendo que aquilo tinha sido arquivado há muito tempo nos arquivos da igreja. Neste documento estava incluída a DOAÇAO DE CONSTANTINO, pela qual se dava ao bispo de Roma as províncias ocidentais com todas as insígnias imperiais. Esta é considerada uma das maiores fraudes da história do estelionato.
Sergio III (904-911) – Tinha uma amante chamada Marózia, esta mulher colocou no trono papal seus amantes e filhos bastardos, transformando o palácio pontifício numa cova de salteadores. Este período da história é conhecido como PORNOCRACIA ou DOMÍNIO DAS MERETRIZES, esta fase se estendeu de 904 a 963.
Anastácio III, Lando, e Leão X (911-928) – Foram ordenados papas pela prostituta Teodora, mãe de Marózia, que assim achou conveniente para maior prazer de suas paixões.
João XII (953-963) – Neto de Marózia, foi réu de quase todos os crimes, fez verdadeiramente do palácio, um bordel; estuprou virgens, viúvas e casadas de todas as camadas sociais. Foi assassinado durante um ato de adultério, pelo próprio marido enfurecido.
Leão VIII (963-965) – O bispo de Orleans se referindo a este Papa e a outros dois disse: "Estes monstros de crimes, cheirando a sangue e imundícias. O Anticristo assentado no trono de Deus."
Bonifácio VII (984-985) – Assassinou o papa João XIV e subiu ao trono vivendo à custa de uma fortuna roubada.
Benedito VIII (1012-1224) – Por meio do suborno comprou o ofício de Papa.
João XIX (1024-1032) – Era leigo, e recebeu, em um só dia, todas as ordens do clero (obviamente que pagou caro pelo cargo de Papa).
Benedito IX (1034-1044/1045/1047-1048) – Este Papa era um verdadeiro espírito maligno. Na história ficou conhecido como o Papa mais novo (foi ordenado com 12 anos), subiu três vezes ao trono, mas sempre era deposto. Segundo os comentaristas: "Ultrapassou João XII em iniquidade, cometeu assassinatos e adultérios à luz clara do dia, roubou peregrinos sobre os túmulos dos mártires, criminoso hediondo." O povo o expulsou de Roma.
Gregório VI (1045-1046) – Comprou o pontificado, mas vivia em luta constante contra outros dois papas (Benedito IX e Silvestre II). Os historiadores dizem que naquela época enxameavam os assassinatos assalariados; violavam-se as virtudes dos peregrinos; até os templos eram profanados com derramamento de sangue.
Clemente II (1046-1047) – O bacanal, o sexo, os crimes, a orgia no clérigo romano estava tão insuportável, que houve uma intervenção do imperador alemão, Henrique II, que designou Suidger (Lorde de Morsleben e Hornburg) sob o título de Clemente II a fim de realizar uma reforma moral.
Adriano IV (1154-1159) – O único papa de origem inglesa, autorizou o rei da Inglaterra a apossar-se da Irlanda.
Alexandre III (1159-1181). Entrou em conflito com quatro outros que queriam ser papas, declarou guerra contra a Alemanha, só fazendo o Tratado de Paz de Veneza em 1177 após muita chacina. O próprio povo acabou expulsando-o de Roma, morrendo no exílio, como aconteceu com muitos outros papas.
Inocêncio III (1196-1216) – Levou a igreja a sobrepor-se ao Estado. Os reis da Alemanha, França e Inglaterra, e os demais soberanos da Europa faziam a sua vontade, até o Império Bizantino foi por ele dominado. Nunca na história do cristianismo um papa exerceu autoridade como ele. Inocêncio ainda ordenou o extermínio dos hereges pela inquisição que também era denominado "Santo Ofício". Esta foi uma das épocas em que foi derramado mais sangue. Uma vez que o inquisidor pronunciava a sentença, a vítima era encarcerada ou queimada, e os seus bens confiscados e divididos entre a Igreja Católica e o Estado. A inquisição é o fato mais infame da história e foi justamente inventada pelos papas e usada por eles durante 500 anos para se manterem no poder.
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Honório III, Gregório IX, Celestino IV e Inocêncio IV (1216-1254) – Estes quatro papas autorizaram a tortura para arrancar confissões dos suspeitos de heresia.
Bonifácio VIII (1294-1303) – Quando o poeta Dante visitou Roma no pontificado deste papa, viu-o tão corrupto que o chamou de "semeador de corrupções". Na sua famosa peça intitulada DIVINA COMÉDIA, o pôs junto com o papa Nicolau III e Clemente V nas partes mais baixas do inferno.
Celestino V (1294) – Este papa renunciou, achou-se incapaz para o pontificado.
João XXII (1316-1334) foi o homem mais rico da Europa.
Benedito XII (1334) a Gregório XI (1378) – A avareza destes papas fora extrema, todo tipo de corrupção era praticado. Taxas pesadas, vendas de cargos da igreja, e a criação de novos cargos. A imoralidade era tão grande que para proteger as famílias, os cidadãos insistiam para que os padres tivessem concubinas.
João XXIII (1410-1455) – Chamado por alguns como o mais depravado criminoso que já se sentou no trono papal. Réu de quase todos os crimes, quando era cardeal em Bolonha, duzentas freiras e senhoras casadas caíram vitimas dos seus galanteios. Como papa, violou freiras e donzelas, viveu em adultério com a sua cunhada, foi réu de sodomia e outros vícios inomináveis, comprou o cargo pontifício, vendeu cardinalatos aos filhos de famílias ricas. Negou abertamente a vida futura.
Nicolau I (1447-1455) – Deu permissão para o rei de Portugal a guerrear contra os povos africanos e escraviza-los, além de tomar as suas propriedades.
Pio XII (1458-1464) – Incitou os jovens a seduzir as mulheres sexualmente, e ele mesmo ensinava os métodos, visto que era perito neste assunto e tinha muitos filhos ilegítimos.
Paulo II (1464-147) – Sua morada era cheia de concubinas.
Xisto IV (1471-1484) – Imobilizou a ação da inquisição na Espanha e pregava que o dinheiro dado à igreja era um modo de livrar as almas do purgatório.
Inocêncio VIII (1484-1492) – este decretou a ordem de assassinar todos os valdenses. Permitiu touradas na Praça de São Pedro, criou novos cargos e vendeu-os por quantias fabulosas, além de ter 16 filhos de mulheres casadas.
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O Papa Inocêncio III condenou gatos como criaturas malignas, e eles foram queimados aos milhares, Isso levou a um surto de ratos que causou a maior epidemia da Europa, a peste bubônica que matou cerca de 200 milhões de pessoas.
Alexandre VI (1492-1503) – este não entrou na história como o "santo padre", mas como o mais corrupto papa da Renascença. Vivia em constante promiscuidade sexual. Uma das suas amantes era casada, mas ele consolava o marido com presentes. Junto com seus filhos ilegítimos assassinou os cardeais que se lhe opunha. Chegou ao papado porque comprou o cargo.
Júlio II (1503-1513) – Foi na sua época que Lutero visitou Roma e se escandalizou com o proceder do Papa. Vendia indulgências, comandava diretamente um poderoso exército, e quando ainda era cardeal ridicularizou o celibato.
Leão X – (1513-1521) – Com oito anos era arcebispo, com treze anos era cardeal. Muitas crianças de sete anos foram por ele nomeadas a cardeal. Não se importava com a vida espiritual da igreja, estava sempre envolvido com trapaças para obter poder secular. Taxou o preço das indulgências, confirmou a obra dos seus antepassados, queimando os hereges.
Paulo III (1534-1549) – Era pai de muitos filhos ilegítimos, chegou a oferecer um exército para Carlos V para liquidar com os protestantes.
Paulo IV (1555-1559) - Estabeleceu definitivamente a Inquisição.
Gregório XIII (1572-1585) – Comemorou o massacre em que milhares de protestantes foram mortos na fogueira, na famosa noite de São Bartolomeu, e ainda celebrou uma missa de ação de graças, e ainda incitou o rei Felipe II para guerrear contra a Inglaterra que era protestante.
Clemente XI (1700-1721) – Expediu bula contra a leitura livre da Bíblia.
Pio VII (1800-1823) – Expediu uma bula papal em que condenava as Sociedades Bíblicas como instrumentos do Diabo.
Leão XII (1823-1829) – Declarou que "todo aquele que se separa da Igreja Católica Romana, ainda que sua vida seja irrepreensível sob outros aspectos, só por esta única ofensa, não tem parte na vida eterna." Além desta declaração sectária, Leão XII condenou as traduções da Bíblia, as Sociedades Bíblicas, a liberdade e a tolerância religiosa.
Pio VIII (1829-1830) – Se opôs a liberdade de consciência, criticando ideias de liberdade.
Pio IX (1846-1878) – Decretou a doutrina da infalibilidade papal, doutrina esta que preconiza que o Papa não pode errar quando se trata de assuntos de fé e moral. Pediu aos católicos que obedecessem ao chefe católico, antes que as autoridades civis. Pio IX foi favorável à violência e a força para deter os não católicos, além de tomar postura contra a liberdade, em quase todos os sentidos, seja por palavra, imprensa, culto, consciência e etc.
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Leão XIII (1878-1903) - Declarou que na Terra ocupava o lugar do Deus Todo-Poderoso e acusou os protestantes de serem inimigos do nome "cristão".
Pio X (1903-1914) – Acusou os líderes da Reforma de serem inimigos da cruz de Cristo.

III - HISTÓRIA DO CATOLICISMO

A Igreja que Cristo fundou não foi nenhuma organização com uma placa na porta identificando-a, nem antiguidade é prova de comunhão com Deus, como pretende se intitular a Igreja Católica Apostólica Romana, visto ser esta uma das organizações cristãs mais antigas do mundo. Realmente nos primeiros séculos as comunidades cristãs conservavam muitos dos ensinos de Cristo, por isso os que eram fiéis a estes ensinos eram salvos, porque os homens são salvos de acordo com a sua decisão para com Jesus e não se eles fazem parte desta ou daquela organização. Você pode participar da igreja evangélica mais avivada do mundo, mas se não seguir os ensinos que Deus nos revela em sua Palavra, você pode não ser salvo. Jesus advertiu seriamente a respeito de certas pessoas e grupos que querem monopolizar o reino dos céus, afirmando que se você não congregar com eles, não será salvo.
Interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhe, e disse: O REINO DE DEUS NAO VEM COM APARÊNCIA EXTERIOR, nem dirão: ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós. (Lucas 17.20-21)
É verdade que o catolicismo de hoje está longe dos ensinos da Bíblia, mas no começo, quando a igreja era só igreja mesmo, e não havia "sobrenome"; Igreja Ortodoxa, Igreja Luterana e etc. Antes desta época as coisas eram diferentes, mas infelizmente, com o passar dos séculos, as igrejas foram absorvendo muito do paganismo até que ela veio a ser mais católica romana do que igreja apostólica.
AS ETAPAS DO CATOLICISMO ROMANO
1 – A Igreja no império (28-313 d.C.)
2 – A união entre a Igreja e o Estado. (313-395 d.C.)
3 – A divisão do império e da Igreja (396-476 d.C.)
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4 – O Império Romano Ocidental é extinto (476-590 d.C.)
5 – Inicia o domínio temporal do papa (590-869 d.C.)
6 – Aumenta a separação da Católica Ortodoxa da Católica Romana (869-1054 d.C.)
7 – O apogeu do papado (1054-1294 d.C.)
8 – O declínio do poder papal (1294-1304 d.C.)
9 – O cativeiro babilônio do papado (1305-1377 d.C.)
10 – O cisma papal (1377-1447 d.C.)
11 – A Renascença (1418-1503 d.C.)
12 – A Reforma e a Contrarreforma (1503-1644 d.C.)
13 – A Era Moderna (1644-1900 d.C.)
14 – A Atualidade (1903-2014 d.C.)
1 – A IGREJA NO IMPÉRIO ROMANO (29-313 d.C.)
Nesta época a igreja cristã católica (a palavra católica significa universal), mantinha-se pura, apesar de surgir aqui e acolá certas heresias. Durante o império romano a igreja sofreu várias perseguições, milhares de cristãos perderam a vida por não negar a Cristo e se recusar em adorar o imperador. Desde Nero até o Imperador Diocleciano (284-305) as perseguições foram terríveis. No fim das perseguições imperiais, 313 d.C., os cristãos eram cerca da metade da população do Império Romano.
No final deste período, a igreja havia se expandido, mas em troca, havia se deformado, pois nesta época apareceram os primeiros indícios de hierarquia eclesiástica, o sacrifício da missa, os mosteiros, o surgimento dos livros apócrifos e pseudoepígrafos como: O Evangelho de Pedro, os Atos de Paulo, Epistola de Barnabé e vários outros. Além das perseguições, a igreja também sofria com as heresias que tentavam se estabelecer no seio cristão, dentre as principais: O Gnosticismo, os ensinos de Marcião e o montanismo. Estas heresias serviram para a igreja definir de uma vez o cânon com os livros sagrados que deveriam compor o Novo Testamento ou Nova Aliança. Nestes tempos os teólogos cristãos definiam os artigos de fé que deveriam nortear a igreja em suas crenças. No terceiro século já havia indícios da doutrina da sucessão apostólica, e em meados de 250 d.C. eram convocados os sínodos provinciais em que os bispos das capitais, naturalmente, eram os mais importantes, estes bispos eram chamados de Metropolitanos e mais tarde seriam chamados de ARCEBISPOS.
Os principais doutores da igreja eram Irineu, Tertuliano e Orígenes. Os princípios morais cristãos eram ensinados aos convertidos tais como a pureza, a condenação de relações sexuais fora do casamento, aborto, homossexualismo, e o abandono de crianças não desejadas, isso em um mundo onde tais práticas eram comuns e faziam parte da cultura do povo. A igreja visava transformar o homem e não a sociedade. Por isso ela não se opôs a escravidão, que também era comum naquela época.
2 – A UNIAO ENTRE A IGREJA E O ESTADO (313-395 d.C.)
Foi em Roma, no dia 27 de outubro de 312, no dia anterior a Batalha da Ponte Mílvia que o Imperador Constantino viu no céu, acima do sul poente, a figura de uma cruz e sobre esta as palavras: POR ESTE SINAL VENCERÁS. Assim, indo para a batalha ele ganhou e se converteu ao cristianismo. Em 313 Constantino promulga o Édito de Milão, que garantia direito de liberdade de culto aos cristãos. No ano de 325 Constantino expediu uma mensagem aos súditos do império para que se convertessem a Cristo, todavia, pelo motivo da aristocracia rejeitar a mensagem cristã. Constantino mudou a capital para Bizâncio e denominou-a de CONSTANTINOPLA, era uma "nova Roma" para os cristãos. A conversão de Constantino é contestada por muitos historiadores, mas ao que nos parece ele foi de fato regenerado por Deus.
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Após a morte de Constantino, o Imperador Juliano tentou restaurar o paganismo, mas não foi muito feliz; pior ainda fez o Imperador Teodósio, o Magno (378-395 d.C.) que em 380 promulgou o Édito de Tessalônica em que decretou o cristianismo como religião oficial, civil e obrigatória a todos os súditos do império. Isso foi uma calamidade horrível para a igreja, porque ser cristão agora não era mais um desafio, e sim, vantagem. O que levou uma multidão enorme de ímpios a se batizarem sem serem realmente convertidos. As outras religiões foram proibidas, os templos pagãos derrubados, havendo também derramamento de sangue.
Não precisa ser gênio para saber no que resultou tudo isto. A igreja foi secularizada. A pompa do paganismo com roupagem cristã entra na igreja, evidenciando no vestuário luxuoso dos clérigos, nas velas, no incenso, na arquitetura e nas procissões solenes. Os sacramentos tinham agora um tom mágico. Proliferava-se no cristianismo a prática de veneração dos santos, dos anjos, e de Maria, e culto às imagens e as relíquias.
As igrejas e os bispos daqueles tempos estavam sob a influência e domínio de cinco grandes centros: Roma, Constantinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria, cujos bispos passaram a ser denominados de PATRIARCAS, todos de igual autoridade, não existiam ainda o papado, e a primazia do bispo de Roma sobre os demais; cada qual governava as igrejas da sua jurisdição.
Neste período houve dois concílios: o de Nicéia (325 d.C.) que contou com a presença de 250 a 380 participantes. O concílio foi convocado porque um presbítero de Alexandria rejeitou a divindade de Cristo e Constantino queria a igreja unida e que os estudiosos chegassem a um acordo. No final do concílio foi pronunciada a derrota do presbítero Ário, pois este dizia que Jesus era uma criatura, mas o concílio concluiu que o Filho era do mesmo ser que o Pai. Já em 328 o protagonista foi Atanásio que consagrou suas energias para provar também que o Filho é em tudo igual, e um com o Pai; mas ele encontrou oposição por parte do bispo de Constantinopla por motivos políticos, pois o bispo Euzébio queria ser mais importante por ser da capital Constantinopla.
Euzébio convenceu o imperador a desterrar Atanásio no ano de 335 da qual ele fugiu cinco vezes. Mas foi no sínodo de Alexandria no ano 362 que Atanásio, junto com Basílio de Cesaréia, Gregório de Naziazo e Gregório de Nissa, defendeu a tese de que o Espírito Santo era do mesmo ser do único Deus, sendo assim definida em termos teológicos a doutrina da Trindade ou triunidade divina. Mais tarde, no concílio de Constantinopla aconteceu o reconhecimento formal da doutrina da Trindade.
3 – A DIVISAO DO IMPÉRIO E DA IGREJA (395-476 d.C.)
Com a separação do Império Romano motivada pela morte do imperador Teodósio, Constantinopla ficou sendo a principal cidade do Império Romano no Oriente, que mais tarde passou a ser conhecida como Império Bizantino, constituindo o centro político, econômico, cultural e religioso do oriente próximo, com isto, o bispo de Roma, Sirício (385-399), viu o seu sonho de ser reconhecido como autoridade sobre a igreja do oriente ruir-se.
Em 431 foi realizado o concílio de Éfeso que condenou Nestório, bispo de Constantinopla, que nega a Maria a denominação de Mãe de Deus, pois a igreja oriental admitia aquilo que de fato Maria é de verdade, a mãe do corpo físico de Jesus. Isso fez aumentar ainda mais o cisma que separava a igreja romana da igreja oriental. Vinte anos depois, em 451, foi realizado o Concílio de Calcedônia que terminou com a formulação clássica que reconhecia em Cristo uma pessoa com duas naturezas, uma humana e outra divina. Os principais teólogos foram Apolinário, Cirilo, Eutiques e Nestório.
Depois da divisão do império em 395, os patriarcas de Antioquia, Jerusalém, e Alexandria foram aos poucos reconhecendo a liderança de Constantinopla, mas o cisma mesmo aconteceu em 1054. Neste período surgem na igreja ocidental três grandes personagens: Jerônimo, autor da tradução da Bíblia Vulgata em latim (que é a versão oficial da Igreja Católica) o outro foi Ambrósio, que ensinou a igreja a cantar, sendo ele mesmo autor de muitos hinos, e outro foi Agostinho, natural da África que exerceu o bispado em Hipona no litoral africano, ele foi um grande defensor do cristianismo puro, também rebateu os movimentos heréticos de Donato e de Pelágio. Em 432 iniciou o trabalho missionário de cristianização da Irlanda por Patrício.
4 – IMPÉRIO ROMANO OCIDENTAL É EXTINTO (476-590 d.C.)
Os romanos consideravam bárbaros todos os povos que não falavam o latim e que moravam além das fronteiras do império. Para os romanos eles eram raças inferiores e atrasadas. Mas aos poucos os bárbaros foram tomando todo o Império Romano do Ocidente e assimilando suas tradições e se instalando nos recantos do império. Os imperadores governavam despoticamente e o exército se achava enfraquecido, desta forma, os Hunos começaram a invasão na Europa e Ásia no ano 395. Em 441 os anglo-saxões conquistam o sul da Inglaterra, e finalmente a queda ocorreu em 476, quando Rômulo Augusto, último imperador romano do ocidente é deposto pelo Ostrogodo Odoacro. Posteriormente o rei Franco, Clóvis, converteu-se ao cristianismo, e assim todos os pagãos do seu reino foram cristianizados (e não evangelizados), os bispos (papas) de Roma iam fazendo alianças, para impedir a destruição do cristianismo pelos reis bárbaros. A esta altura a igreja já estava cheia de heresias, quando surgiu Gregório I que firmou o papado e o poder secular do papa a partir de 590. No ano de 484 o patriarca Acácio, de Constantinopla foi excomungado, aumentando ainda mais o abismo entre igreja oriental e ocidental. Em 539 Benedito de Nursia funda o ministério de Monte Cassino e a Ordem Beneditina. Em 550 o país de Gales é convertido ao cristianismo por Davi. Em 553 no Concílio Constantinopla II, o mofismo é rejeitado como doutrina, pois afirmava que Cristo veio a Terra como espírito e não como homem. Em 587, os visigodos são convertidos ao cristianismo e em 589 também a Lombardia se converteu ao cristianismo.
5 – INICIA O DOMÍNIO TEMPORAL DO PAPADO (590-869)
Em 590 inicia o pontificado de Gregório, o Grande, que consolida a autoridade papal. Quando este subiu ao poder a Itália já havia sido um reino gótico, província bizantina e pilhada pelos Lombardos, mas sob sua influência, ele conseguiu estabilizar a situação. Gregório trabalhou incansavelmente para purificar a igreja, ele nunca gostou de ser chamado "bispo universal", repeliu este título como "vicioso e arrogante", apesar de que, na prática, o exercia. Suas maiores contribuições para o catolicismo foram:
a – O fortalecimento do papado.
b – Favoreceu o monarquismo.
c – Deformou a graça.
No seu tempo, o cristianismo já estava bem distorcido, mas as igrejas ainda tinham certa independência, unindo-se pelos concílios, onde havia representantes das mais importantes comunidades, contudo, com Gregório, as igrejas da Itália, Espanha, Gália e Inglaterra estavam sob seu comando. Seus sucessores continuaram a obra de dominar as demais igrejas em outras terras. Assim, no ano 639 a igreja da Irlanda do Sul submeteu-se ao catolicismo romano, em 664, o sínodo de Whitby, Inglaterra, adota a fé católica e o rei Oswin de Northumbria decide a favor do ritual católico-romano. No ano 697 a igreja da Irlanda do Norte submete-se ao catolicismo.
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Este período também fora marcado pelas muitas missões realizadas na Europa, já em 563 Columba foi para a Escócia, e por volta do ano 600 Columba foi pregar no sul da Europa. No ano 688, Sussex, o último reino pagão da Inglaterra é convertido ao catolicismo. No ano 715, o monge beneditino, Winfrith, futuro papa Bonifácio, inicia seu trabalho missionário entre os alemães. Em 863 Cirilo e Metódio iniciam trabalho missionário na Morávia. No ano 864, o príncipe Bóris I, da Bulgária, aceita o cristianismo. Este foi um período de expansão do catolicismo na Europa.
Os concílios de Constantinopla III e Nicéia II tomam novas resoluções. O Concílio de Constantinopla condena o monotelismo, doutrina cristológica que afirmava que havia somente uma única vontade em Cristo, a divina, e que esta absorvia a humana. O Concílio de Nicéia II aprova a veneração de imagens para maior degradação católica.
A história político-religiosa dessa época desenvolveu-se da seguinte maneira: No ano 732 Carlos Martelo, rei dos Francos, derrotou os muçulmanos invasores. No ano 757, Pepino, filho de Carlos Martelo, venceu os Lombardos que dominavam a Itália. Pepino entrega as terras da Itália para o papa exercer o domínio temporal. Pepino fez isso porque o papa o convenceu que o Imperador Constantino (306-337) havia doado a Itália ao papa, assim foi estabelecido em Roma o Estado Eclesiástico. No dia 25 de dezembro de 800, em Roma, o Papa Leão III coroa Carlos Magno como imperador do SACRO IMPÉRIO ROMANO, assim, Igreja e Estado se unem.
6 – CISMA DA IGREJA ORTODOXA E DA CATÓLICA ROMANA (869-1054 d.C.)
No ano 869, o Papa Nicolau I tenta intervir nos negócios da igreja oriental, mas o Patriarca Fócio o reprime. Conclusão: Nicolau excomungou Fócio, e o Fócio excomungou Nicolau. Naquele ano ocorreria o último concílio ecumênico: Constantinopla IV, isso por causa das pretensões do papa em ser o Senhor da Cristandade. A ruptura se deu por completo em 1054, quando Miguel Cerulário, Patriarca de Constantinopla decretou a divisão entre as duas igrejas, não mais obedecendo ao papa, e ambas as igrejas excomungaram-se reciprocamente. As principais diferenças entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa Grega residem nos seguintes pontos:
CATÓLICA ROMANA
a – Cultura romana.
b - Líder o Papa.
c – Veneração de Imagens.
d – Conceitos jurídicos.
e – Espírito Santo procede do Pai e do Filho.
ORTODOXA GREGA
a – Cultura grega.
b – Líder é o Patriarca.
c – Condena veneração de imagens.
d – Misticismo.
e – Espírito Santo procede só do Pai.
7 – O APOGEU DO PAPADO (1054-1294 d.C.)
Os papas Victor II (1055-1057), Estevão IX (1057-1058), Nicolau II (1058-1061), e Alexandre II (1061-1073) foram os papas deste período até que começou o pontificado do Papa mais importante desta fase: Hidelbrando, conhecido como Papa Gregório VII (1073-1085), foi ele que reformou o clero católico e se opôs a simonia (compra de cargo eclesiástico). Gregório entrou em conflito com o Imperador da Alemanha Henrique IV, o imperador depôs o Papa, e o Papa por sua vez excomungou o imperador, insurgiu uma guerra que culminou com a independência dos estados papais do poder do imperador, mas ao final, Gregório foi expulso de Roma e exilado. Mas as coisas não pararam aí, os papas Vitor III (1086-1087), Urbano II (1088-1099), Pascal II (1099-1118), Gelásio II (1118-1119) e Calixto II deram sequência à guerra contra o império alemão, somente chegando à paz no ano de 1122, na Concordata de Worms, após 50 anos de guerra.
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Outro destacado papa desta época foi Inocêncio III (1198-1216) que entrou nas páginas da história como o PAPA MAIS PODEROSO. Ele pôs o Santo Ofício da Inquisição nas ruas, dominou os reis da Europa e até mesmo o Império Bizantino, dir-se-ia que "Nero, a Besta, tinha revivido, assumindo o nome de Cordeiro." Nesta interminável luta, os papas subsequentes: Honório III (1216-1227), Gregório IX (1227-1241) e Inocêncio IV (1241-1254) guerrearam contra Frederico II, imperador alemão, arrastando o império a uma degradante humilhação e elevando o papado ao apogeu.
A força do papado nesta época se percebia pela submissão das nações ante o papa, em 1144, em Portugal recebe consentimento papal para ser um Estado independente, e em 1198 a Sicília une-se ao Sacro-Império Romano. Neste período são realizados sete grandes concílios que exaltam ainda mais a força do catolicismo e do papado. Como resultados, nas cruzadas que ocorreram durante o apogeu do papado, também foram criadas as ORDENS RELIGIOSAS, como a Ordem dos Cavaleiros Espirituais (já citada), ORDEM DOS CARTUXOS que foi fundada por Bruno, em 1084, cujos membros moravam em cubículos individuais e mantinham-se em silêncio quase absoluto. A ORDEM DOS CERTECIENSES, organizada por Roberto em 1098, que seguia a regra de Bento. Bernardo de Claraval tinha um ideal ascético que visava criticar o excesso na vida do papa e dos clérigos, ele era um conservador, e pregava uma nova forma de piedade. Suas ideias lhe deram o reconhecimento de ser chamado de "Agostinho da Idade Média". Outro pregador mais radical do que Bernardo se chamava Arnoldo de Bréscia (? - 1155) que ensinava que o clero deveria abandonar todas as propriedades e o poder secular, e por isso mesmo foi morto por ordem do papa.
No século XII e XIII houve uma reação contra a secularização da igreja, surgindo assim os Albigenses e Valdenses. Os albigenses não foram muito bíblicos em suas ideias, pois rejeitavam o Antigo Testamento, preferiam o Evangelho de João, desprezavam o casamento, a comida de produtos animais, e a prosperidade material, sendo, portanto, dualistas, pois viam o mal no mundo material, apesar disso, tinham grande pureza moral e também pregavam contra as imoralidades do clero. Os Albigenses (Cártaros) estavam espalhados pelo sul da França, norte da Espanha e da Itália, e em cem anos foram aniquilados pela Inquisição Católica.
OS VALDENSES eram seguidores de Valdo, rico negociante de Lion, em 1176 ele renunciou as riquezas, impressionado pelas palavras de Jesus em Mateus 10 e 19.11. Valdo rejeitou vários erros doutrinários da Igreja Católica, entre estes: a missa, a oração pelos mortos, o purgatório, a usurpação do clero, a indulgência e etc. Valdo ensinava que a Bíblia era a única regra de fé e de conduta, apesar da Inquisição mover grandes perseguições a este grupo, eles conseguiram sobreviver até hoje, sendo a primeira denominação protestante da Itália.
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Diante destas manifestações contra o abuso do clero, a igreja reagiu com a criação das Ordens Mendicantes (pauperes catholici), desta maneira, a igreja não precisava renunciar as suas riquezas e ainda incorporou a ideia alternativa de pobreza apostólica na própria igreja. As duas Ordens mendicantes mais importantes foram a dos FRANCISCANOS (ou Irmãos Menores – OFM – Ordo Fratum Minorum), e a Ordem dos DOMINICANOS (ou Pregadores – OP – Ordo Praedicatorum). A Ordem dos Franciscanos foi fundada por Francisco de Assis (1182-1226) que a iniciou no norte da Itália. O papa transformou a Ordem e 1223, fazendo algumas alterações como: A vida mendicante, pelo trabalho, a perambulação pelo trabalho fixo. A Ordem dos Dominicanos foi criada pelo espanhol Domingos. O objetivo desta Ordem religiosa era combater os hereges, e por isso esta Ordem recebeu a incumbência de por em prática a Inquisição Católica. Outras Ordens foram criadas, mas de menor importância como os Beguinases e dos Carmelitas.
8 – O DECLÍNIO DO PODER PAPAL
O declínio do poder papal também é chamado de "o cisma do ocidente". O declínio começou com o Papa Bonifácio VIII, pois este entrou em conflito com o rei da França, Felipe, o Belo, esta acirrada luta arrasou o papado latino. Tudo começou porque o rei Felipe resolveu cobrar impostos dos domínios eclesiásticos, e o papa recusou obedecer a ordem do rei francês, e depois de alguns entreveros, o excomungou. O rei Felipe revida enviando tropas à Itália para destituí-lo do cargo. Bonifácio passou maus bocados, tendo que suportar as maiores afrontas e ameaças, vindo a falecer tempos depois. Com a morte do Papa, Felipe consolidou a separação entre a França e a Igreja Católica, e transferiu a sede da Igreja Católica de Roma para Avinhão na França, e ainda escolheu o Arcebispo de Bordeaux para o cargo de Papa. Aqui começa um novo capítulo da história da Igreja Católica chamado...
9 – O CATIVEIRO BABILONICO DO PAPADO (1305-1377)
Durante 72 anos, os papas permaneceram nessa cidade e eram escolhidos pelos reis franceses, que os dominavam totalmente, todavia, os papas e o clero em geral continuavam levando uma vida bastante desregrada, seguia-se a prática da simonia, imoralidade, e toda sorte de luxúria. O último papa deste período foi Gregório XI, que transferiu em 1377 a residência papal para Roma, contudo, com a sua morte inicia-se um novo capítulo da Igreja Católica que cada vez mais a leva ao declínio.
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10 - O CISMA PAPAL (1377-1417)
O cisma papal demorou 40 anos, época que havia dois papas, um em Roma e outro em Avinhão, um excomungava o outro, cada um querendo ser o verdadeiro e autêntico "Vigário de Cristo". Foi assim que em 1417, o Papa Martinho V unifica o cargo de papa, mas, a esta altura, o papado já havia perdido bastante prestígio.
11 – A RENASCENÇA (1418-1503)
Chamamos de Renascimento o grande desenvolvimento artístico e intelectual que se verificou nos séculos XV e XVI em toda a Europa. A Renascença impulsionou a Reforma Protestante porque este movimento queria, e reivindicava a liberdade de pensamento. Os primeiros humanistas já iam aparecendo há décadas, buscando o conhecimento nas antigas obras literárias. A Renascença, sem dúvida, provocou a decadência da Igreja Católica e foi um dos movimentos que separou a Idade Média da Idade Moderna. Mesmo diante da reação contra o totalitarismo e a luta pela liberdade de pensamento, os chefes da Igreja Católica continuavam praticando abusos, como por exemplo: A venda de indulgências (remissão das penalidades temporais do pecado).
12 – A REFORMA E A CONTRAREFORMA (1503-1644)



O século XVI foi à época em que a Ira de Deus se acendeu contra o papado e o seu império de crimes e abusos. Agora tudo estava favorecendo uma tremenda divisão deste cristianismo paganizado, pois neste tempo surgia a impressão de livros, as descobertas científicas de Copérnico, o descobrimento das Américas, o surgimento de uma crescente burguesia, e também o nacionalismo se tornava cada vez mais forte. A Igreja Católica, nas pessoas do clero, continuavam vendendo perdão, todavia, muitos católicos sinceros que tiveram oportunidade de lerem a Bíblia, perceberam como estavam longe da vontade de Deus e como as doutrinas e práticas católicas eram antagônicas as Escrituras Sagradas. O mais célebre de todos os reformadores foi Martinho Lutero, ele não queria sair da Igreja Católica, ele queria reformá-la moralmente, chamando-a ao arrependimento, e assim escreveu as 95 teses e pregou na porta da igreja do castelo em Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517, esse foi o marco para a Reforma Protestante.
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A Igreja não aceitou a reforma proposta por Lutero, e em 1520 condenou 41 das teses de Lutero e o excomungou, a bula da excomunhão Lutero queimou-a publicamente. A princípio a reforma produziu um caos social, muitos entenderam errado o sentido de liberdade que Lutero enfatizava, surgindo grupos fanáticos que agiam movidos pelo espírito revolucionário. Um problema da Reforma é que ela ficou dependendo muito do Estado, assim, a Reforma só podia entrar livremente nos territórios cujos príncipes eram pró Reforma.
Enquanto Lutero liderava a Reforma na Alemanha, muitos empolgados com o seu exemplo também lideraram reformas em outras terras. O humanista Úlrico Zuínglio estava à frente da Reforma na Suíça. A guerra entre católicos e protestantes também estourava em toda a Europa. No ano de 1531 formou-se uma aliança entre os príncipes protestantes. Em 1546 morria Lutero e somente em 1555 o catolicismo e o luteranismo foram reconhecidos pela paz de Augsburgo. O luteranismo se expandiu especialmente na Dinamarca, Noruega, Suécia, Estônia e Letônia. Todavia, a Reforma Protestante não foi introduzida no sul da Europa, Por quê?
OS JESUÍTAS eram membros da Ordem fundada por Inácio de Loyola (1491-1556), este espanhol que professava absoluta e incondicional obediência ao papa, tinha como objetivo a recuperação de territórios perdidos para os protestantes e muçulmanos, e a conquista de todo o mundo pagão para a Igreja Católica Romana, para conseguir este alvo, todos os métodos eram justificáveis: A fraude, a imoralidade, o vício e até o assassinato e execuções. Na França foram eles os responsáveis pelo massacre da Noite de São Bartolomeu, comandaram as guerras religiosas, perseguiram os Huguenotes, lutaram pela revogação do Edito de tolerância de Nantes e se oporam a Revolução Francesa. Na Espanha, Países Baixos, sul da Alemanha, Boêmia, Áustria, Polônia e outros países, comandaram o massacre de incontáveis multidões. Assim, os Jesuítas impediram a reforma no sul da Europa, salvando o papado da ruína.
CALVINISMO foi o movimento iniciado pelo francês João Calvino que se espalhou pela Suíça, os países baixos e a Escócia. No ano de 1536, João Calvino havia publicado a "Instituição da Religião Cristã", texto básico de sua doutrina. Em 1512 havia sido convocado o quinto Concílio de Latrão, todavia, sem maior importância, contudo, de 1545 a 1563 esteve reunido o Concílio de Trento que se pronunciou contra as doutrinas dos reformadores, este concílio ficou conhecido como o Concílio da Contrarreforma.
O que mais marcou a política neste período da Reforma e da Contrarreforma foi às guerras religiosas; na noite de 24 de agosto de 1572 foram mortos em Paris oito mil presbiterianos. A aliança entre a religião e a política trouxe mais uma consequência: Na Inglaterra, a Igreja Anglicana se torna a igreja oficial do Estado (1531); Na Escócia a Igreja Presbiteriana se torna a igreja oficial (1560), nos Países Baixos a igreja oficial se tornou a Igreja Reformada, mas a França continuou tendo a Igreja Católica como religião oficial. Na Alemanha a Reforma foi salva com a ajuda do rei Sueco Gustavo Adolfo. Mas em geral, a contrarreforma não foi mal sucedida, conseguiu reconquistar uma boa parte da Europa Central.
No século XVII, os protestantes ganharam a liberdade somente pelas armas, segundo alguns comentaristas, eles teriam sofrido menos se não tivessem sido tão fragmentado conforme as divisas nacionais, e além do mais, a Igreja Católica era unida e forte.
Por volta de 1600, a Holanda era um refúgio para os protestantes, e um ex-clérigo anglicano, John Smith convenceu-se do batismo por imersão, e batizando-se a si mesmo deu origem AOS BATISTAS.
Durante este período da Reforma e Contrarreforma surgiu o movimento JANSENISMO criado pelo holandês Cornélio Jansen (1585-1662), ele era bispo na Bélgica e deseja que a Igreja voltasse aos ensinos de Agostinho, sua influência chegou a França e a Holanda; o mais importante representante do Jansenismo foi o francês Blaise Pascal (1623-1662), notável figura da história, ele era cientista, naturalista, escritor, filósofo, e teólogo, seu principal escrito foi "Pensamentos". O Jansenismo se interessou pelos ensinos de Agostinho referente ao pecado e a graça, contudo, em 1653 os jesuítas e Luis XIV fizeram com que o Papa condenasse este movimento inclusive o Port Royal foi destruído pela Igreja Católica em 1710.
No ano de 1622 foi organizada em Roma uma congregação de cardeais especificamente para dar liderança às missões e foi assim que a Igreja Católica Romana conseguiu um monopólio nas Américas Central e do Sul, contudo, os protestantes colonizaram a América do Norte. A guerra entre católicos e protestantes terminou em 1589 pelo Edito de Nantes que dava liberdade de culto a todos.
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13 – A ERA MODERNA (1644-1900)
O século XVII ainda foi marcado por muitos conflitos e violência na França, violando o Edito de Nantes, no ano de 1682, 50 mil protestantes foram forçados a abandonar a sua fé e tornarem-se católicos. Em 1685 o rei francês Luís XIV revoga o Edito de Nantes e provoca um êxodo de protestantes que fugiam da perseguição que se levantava pela Inquisição que prosseguia cometendo seus crimes. No mundo protestante nasce o movimento chamado PIETISMO que tinha como primeiros líderes Filipe J. Spener, e Augusto H. Francke, contudo, um dos principais petista foi o conde Zinzerdorf (1700-1760). Os avivamentos espirituais se seguiam um atrás do outro. Apareciam figuras proeminentes do mundo cristão como os irmãos John e Charles Wesley, Jorge Whitefield e um pouco mais tarde Guilherme Carey.
Desde o século XVII se acentuou na Igreja Católica a crise de vocação, isto é, quantidade insuficiente e qualidade inferior de sacerdotes, desde então este tem sido um problema no seio do catolicismo, principalmente na América Latina. Outro movimento que abalou a Igreja Católica foi o ILUMINISMO. Este movimento foi caracterizado pelas descobertas científicas de Copérnico, Kepler, Galileu e Newton. A influência do Iluminismo resultou na abolição da Ordem Religiosa mais importante desde a Contrarreforma, os jesuítas.
Os jesuítas foram banidos de Portugal, França, Espanha e do Brasil e ainda de dois Estados italianos. Devido aos efeitos do Iluminismo a Igreja Católica perdeu terreno na Austrália e outras terras romanas, e por final, tudo isto levou o papado a perder influência política no mundo, havendo assim, mais tolerância religiosa em quase toda parte.
A Ordem dos Jesuítas foi abolida em 1773, levando-os a se refugiarem na Rússia e na Prússia. No ano 1814, o papa Pio VII restabelece a Ordem dos Jesuítas. Desde o início do século XVIII a cultura europeia repudiava a autoridade da Igreja Católica nos assuntos sociais, agravando-se ainda mais com a Revolução Francesa em 1789 que deu um duro golpe na influência da Igreja Católica.
No século XIX a Igreja Católica foi ainda mais marginalizada, diminuindo sua influência na sociedade, ela que durante mais de mil anos oprimia, mandava, escravizava, ordenava, condenava, dizia, e fazia... Agora os europeus começaram a abandonar o catolicismo. Neste período a Igreja Anglicana se dividiu em três grupos: A igreja baixa, que era um partido mais evangélico, a igreja alta, que era os remanescentes do anglicanismo e que permaneceria até hoje, e uma terceira parte dos fiéis da igreja Anglicana retornaram para o catolicismo.
No mundo ocidental do século XIX, surgiram no cenário da história três homens que influenciaram não somente a Igreja Católica, mas também os protestantes: Karl Marx (pai do socialismo e comunismo moderno), Charles Darwin (naturalista que elaborou a Teoria da Evolução) e Frederick Nietzsche (filósofo louco que defendeu a teoria de uma raça superior, que mais tarde deu origem ao nazismo alemão, também elaborou uma espécie de teologia dizendo que Deus estava morto).
Os Estados Unidos da América eram transformados por um avivamento no meio evangélico por dois grandes pregadores: Finney (1792-1875) e Moody (1837-1899). Apesar dos golpes que nos últimos séculos tiraram praticamente todo o poder temporal do papado, ainda assim, a Igreja Católica se esforçou para recobrar seu prestígio, e muitas missões foram organizadas e centralizadas em Roma durante o século XIX, e criaram-se novas Ordens Religiosas para impulsionar um avivamento, No campo missionário houve conflitos entre católicos, protestantes, evangélicos e adeptos de outras seitas cristãs. A Igreja Católica tinha a seu favor o método missionário de sincretizar as crenças locais e contextualiza-las com o Evangelho, em outras palavras, o catolicismo cristianizava os costumes pagãos.
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O papel da Igreja Católica Romana no século XVIII parecia ter terminado, todavia, em poucas décadas a igreja passou a ser completamente revitalizada por aproveitar a restauração, este movimento de restauração foi uma reação contra a revolução que caracterizava a Europa no fim do século XVIII. Nos Estados Unidos da América, o número de católicos cresceu consideravelmente, devido à imigração de irlandeses e mais tarde, de italianos. Na segunda metade do século XIX, os católicos constituíam o maior corpo religioso no país. Nesta época, a Igreja Católica norte-americana foi "naturalizada" e "americanizada", e finalmente em 1908, ela oficialmente alcançou a sua maioridade. Pode-se dizer então, que no século XIX, a sua atitude reacionária fez com que a Igreja Católica exercesse sua influência política para suprimir qualquer tendência liberal nas terras romanas.
14 – A ATUALIDADE (1903-2014)
No século XX a Igreja Católica reconheceu que a época da sua teocracia havia passado, foi neste clima que o Papa Pio XI (1922-1939) começou a fortalecer a igreja por meio das muitas concordatas que fez com diversos governos. A relação entre Roma e a França melhorou. Em 1929 a Igreja Católica foi elevada a categoria de igreja do Estado da Itália, sendo reconhecido o Vaticano como um Estado Eclesiástico independente, ainda que de dimensões irrisórias. A Igreja Católica agiu com firmeza, coordenando todas as forças para a implantação dos princípios da igreja no indivíduo, na família e na sociedade, sempre se valendo do programa denominado "Ação Católica".
A Ação Católica serviu para promover os interesses da igreja durante o papado de Pio XI, o Papa das Concordatas, que também foi o Papa das Encíclicas (Cartas circulares). Naquele ano de 1928, Pio XI proibiu conversações ecumênicas como ele dizia: "A unidade da igreja só se atingiria pela volta dos protestantes para a única igreja verdadeira." Pio XI acabou com o domínio italiano no Vaticano, nomeando cardeais não italianos. Em 1950 foi promulgado o dogma da ascensão corporal de Maria.
No Concílio Vaticano II (1962-1965) a Igreja Católica realizou uma renovação da vida e teologia. Na vez do Papa Paulo VI, ele reconheceu que a Igreja Católica Romana compartilha a culpa a respeito das divisões dentro do cristianismo, no ano de 1964, Paulo VI, sem consultar os bispos confere a Maria o título de "Mãe da Igreja". Neste século XX alguns franceses se interessaram na Bíblia e nos escritos dos pais da igreja antiga, nas igrejas orientais, e no movimento ecumênico, mesmo contrariando o papa. Alguns dos teólogos católicos romanos, em tempos mais recentes, deram mais ênfase na humanidade de Cristo, desacentuando a importância de Maria, contudo, o Papa João Paulo II (1990) deu novo impulso ao culto à Maria. Muitos teólogos contemporâneos tem feito tentativa de reconciliar a fé da igreja com a Teoria da Evolução.
Tem-se surgido muitas tendências dentro da Igreja Católica, o Movimento Carismático, o Movimento Ecumênico, a Teologia da Libertação, o Marianismo e outros mais... Todavia, é visível no mundo católico a secularização que se processa em uma marcha aceleradíssima, hoje são muitos os que professam ser católicos, mas de fato são poucos os que são praticantes. A Igreja Católica se tornou uma religião social, uma organização filantrópica, o próprio clero não aceita o que o Papa fala e o conceito do pecado caiu no mar do esquecimento. O futuro da Igreja Católica sem dúvida nenhuma será ceder ao movimento ecumênico para compor a máquina religiosa predita no Apocalipse que fará parte da BABILONIA, A GRANDE (Apocalipse, capítulo 17 e 18).
A história do catolicismo está muito ligada com a própria existência do cristianismo. Mas, a idolatria, as superstições e o paganismo criaram raízes em sua estrutura de maneira que é impossível restaurá-la. Talvez, o maior mal da Igreja Católica é o fato dela ser muito tradicionalista na herança da sua história e pouco fundamentalista na Bíblia. Percebe-se claramente que houve uma mescla, através da história, entre cristianismo e paganismo dando corpo a Igreja Católica Apostólica Romana.

IV - AS CRUZADAS


Durante o período de apogeu do catolicismo, os papas organizaram campanhas militares para conquistar a Terra Santa, foram oito cruzadas. As cruzadas foram expedições militares que tinha por objetivo conquistar a Palestina que estava nas mãos dos Turcos-otomanos. As cruzadas tinham caráter político-religioso. O propósito religioso era libertar os lugares sagrados, tais como o Santo Sepulcro. Politicamente as intenções dos camponeses que se alistaram nestas campanhas militares eram se libertarem dos Senhores Feudais. Os Genoveses e Venezianos, povos mercadores, visavam a fundação de entrepostos comerciais, e enfim, todos tinham ambições pessoais. Ao total foram oito cruzadas, contando com a das crianças. O nome Cruzada se originou do emblema de uma cruz que os participantes usavam em suas vestes e em seus estandartes.
A PRIMEIRA CRUZADA (1095-1099) foi proclamada pelo Papa Urbano II, que ressaltou a riqueza existente no oriente. Esta primeira expedição contava com 16 mil camponeses que foram massacrados, mas em 1096 uma nova expedição militar foi organizada, e em 1099 conseguiram se apoderar de Jerusalém. Foi mais um massacre cometido em nome de Deus. A cidade foi tomada de assalto e nem mesmo as mulheres e as crianças escaparam a brutalidade dos cruzados, que interrompiam seus atos de crueldade apenas para orarem nos "lugares sagrados", e depois voltavam a prática dos mais hediondos crimes em nome da religião. Nesta época fora organizadas certas Ordens Militares Religiosas como a Ordem dos Templários, a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, e a Ordem dos Cavaleiros de São João.
A SEGUNDA CRUZADA (1147-1149) foi proclamada porque os Otomanos ainda dominavam o Condado de Edessa. Os reis francês e alemão foram a Damasco, mas lá foram derrotados. Em 1187 Jerusalém é retomada pelo sultão do Egito.
A TERCEIRA CRUZADA (1189-1191). Esta ficou conhecida como a "Cruzada dos Reis", devido à participação de três grandes monarcas da Europa: Barba Ruiva (Frederico I), imperador alemão, Felipe Augusto, rei da França e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra. Todavia, estes não conseguiram recuperar Jerusalém, mas conseguiram permissão para os cristãos terem acesso livro ao Santo Sepulcro.
A QUARTA CRUZADA (1202-1204). Como Jerusalém não foi recuperada com a terceira cruzada, os Venezianos organizaram mais uma; esta teve interesses puramente comerciais, isto ficou bem claro, haja vista que os cruzados não se dirigiram para Jerusalém, e sim, para Constantinopla, aniquilando não somente os muçulmanos que lá estavam, mas também os próprios cristãos. Tempos se passaram, e os governantes de Nicéia, em boa oportunidade, libertaram Constantinopla dos cruzados.
A QUINTA CRUZADA (1212). Os europeus supunham que somente a pureza e inocência das crianças fariam com que Jerusalém viesse a pertencer aos cristãos, e por isso resolveram enviar uma expedição militar composta de crianças! A viagem foi um desastre, pois uma tempestade no Mar Mediterrâneo levou a morte grande número de crianças francesas e alemãs. Os demais navios foram para a África, onde as crianças foram vendidas nos mercados de escravos.

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A SEXTA CRUZADA (1228-1229). O REI ALEMAO Frederico II empreendeu mais uma cruzada. Com muita diplomacia e inteligência, este obteve inúmeras vantagens junto ao Sultão Al-Kamil a qual conferia aos cristãos o domínio de várias cidades como Nazaré, Belém e Jerusalém.
A SÉTIMA CRUZADA. O rei da França, Luiz IX organizou esta cruzada, mas também não foi bem-sucedida.
A OITAVA CRUZADA (1270-1272). Dirigiu-se a Terra Santa para ser reduzida a nada.

V – AS ENCÍCLICAS

As Encíclicas são cartas papais que segundo a doutrina da "infalibilidade papal" são ensinos de igual autoridade a Bíblia. As encíclicas são cartas circulares onde o catolicismo publica seu editorial a respeito dos assuntos importantes de cada época. Estas cartas foram escritas nos últimos duzentos anos. Neste capitulo iremos citar a data, o nome latino da encíclica, e o assunto que ela aborda.
1800 – Diu Satis – Objetivava manter a unidade da igreja que estava sendo ameaçada.
1832 – Mirari Vos – Contra o liberalismo.
1849 – Nostri et nobiscum – Contra o socialismo.
1861 – Jan Dudum Cernimus – Contra as doutrinas políticas modernas.
1863 – Quanto conficiamur – Sobre o poder temporal.
1864 – Quanto cura – Condena as teorias modernas.
1879 – Heterni Patris – Condena a crítica racionalista.
1885 – Imortali Dei – Sobre a sociedade civil.
1888 – Libertas – Sobre a sociedade individual.
1891 – Rerum Novarum – Trata das condições das classes trabalhadoras.
1893 – Providentissimus Dei – Trata do ensino bíblico.
1896 – Satis cognitum – Trata da reaproximação das igrejas.
1906 – Gravissimo Officii – Manifesta-se contra a separação da igreja e do Estado na França.
1907 – Pascendi Dominici Gregis – Condena os modernistas.
1914 – Ad Beatissimi – Sobre a paz.
1920 – Spiritus Paraclitus – Sobre a Bíblia.
1924 – Maximum Gravissimum – Trata das associações diocesanas.
1929 – Divini Illius Magistri – Sobre a educação cristã.
1930 – Casti Connubii – Trata do casamento cristão.
1931 – In Quadragesimo Anho – Trata da doutrina social da Igreja
1937 – Mit Brennender Sorge – Manifesta-se contra o nazismo.
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1937 – Divini Redemtoris – Manifesta-se contra o comunismo.
1950 – Summi Pontificatus – Contra os princípios totalitários.
1950 – Humani Generis – Contra algumas teses antropológicas.
1951 – Sempiternus Rex – Em comemoração ao Concílio de Calcedônia.
1954 – Fulgens Corona – Proclama o ano mariano.
1959 – Ad Petri Cathedram – Inaugurando o pontificado de João XXIII.
1959 – Princeps Pastorum – Trata sobre as missões.
1959 – Grata Recordatio – Trata sobre o Rosário.
1961 – Mater et magstra – Trata sobre os problemas sociais.
1962 – Paenitentiam Facere – Preparação ao Concílio Vaticano II
1963 – Pris – Trata sobre a paz.
1964 – Eclesiam Suam – Sobre a Igreja.
1965 – Mense maio – Trata sobre a Virgem Maria.
1965 – Mysterium Fidei – Fala sobre a Eucaristia.
1967 – Populorum progressio – Aborda o desenvolvimento das nações.
1967 – Sacerdotalis celibatus – Aborda o celibato dos padres.
1968 – Humanae Vitae – Aborda sobre os métodos contraceptivos e o nascimento.
1979 – Redemtor hominis – Aborda a relação entre a redenção de Cristo e a dignidade humana.
1980 – Dives in misericórdia – Faz uma meditação teológica sobre a misericórdia divina e alerta os perigos da guerra nuclear, fome, perseguição política e injustiça social.
1981 – Laborem exercens – Examina o conflito entre o trabalho e o capital, e prega maior solidariedade entre patrões e empregados.
1985 – Slavorum Apostoli – Comemora a cristianização dos povos eslavos e fala da situação da igreja nos países socialistas.
1986 – Dominus et vivificantem – É dedicada ao tema do Espírito Santo e às resistências à sua vontade, condenando em especial o materialismo marxista.

VI – CONCÍLIOS CATÓLICOS

Concílios são reuniões em que os líderes católicos se reúnem para discutirem pontos doutrinários de fé e moral e postura da igreja frente aos desafios do tempo. Sua história é longa, em Atos dos Apóstolos capitulo 15 se fala do primeiro concílio da igreja cristã, contando com a presença dos apóstolos em Jerusalém para discutirem assuntos judaico-cristãos, mas o primeiro concílio católico romano é considerado o do ano 325 d.C.
Mais uma vez, para facilitar o entendimento e a ordem cronológica dos fatos, passaremos a listar primeiro o ano dos concílios, depois o local onde ele se realizou e por último os assuntos abordados e decisões tomadas.
325 – Nicéia – Condenou as ideias de Ário (arianismo), pois ele negava a divindade de Jesus.
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381 – Constantinopla I – Confirma as decisões do concílio anterior e reconhece a igualdade do Espírito Santo com as outras duas pessoas da Trindade, é combatida as ideias de Apolinário (apolinarianismo).
431 – Éfeso – Este concílio resolve uma controvérsia, só que introduz uma demoníaca heresia que diz ser Maria a Mãe de Deus, o bispo de Constantinopla, Nestório protesta contra esta heresia, mas não consegue impedir dela entrar na igreja. Esta controvérsia se denomina "nestoriana."
451 – Calcedônia – Convocada para resolver a controvérsia "eutiquiana" que reconheceu como verdadeira a doutrina da teantropia de Jesus, admitindo-se que nele havia duas naturezas, uma divina e outra humana.
553 – Constantinopla II – Acaba com a controvérsia "monofisista" e confirma a excomunhão de Nestório.
680 – Constantinopla III – É condenado o "monotelismo", doutrina que afirma haver em Cristo, uma única vontade, a divina absorvendo a humana.
787 – Nicéia II – Outra brutal heresia é acatada como verdadeira, e assim é admitido o culto às imagens.
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869 – Constantinopla IV – O patriarca Fócio é excomungado porque fez grandes denúncias ao papa e a igreja ocidental, aqui ocorre o cisma final entre o oriente e o ocidente. Daqui por diante os concílios são formados apenas pela Igreja Católica Apostólica Romana. E a igreja oriental, fica conhecida como Igreja Católica Ortodoxa Grega.
1123 – Latrão I – Determinada a proibição da simonia, isto é, a venda de coisas espirituais e sagradas como: sacramentos, dignidades e benefícios. Também fica decidido que os bispos seriam nomeados pelos Papas.
1139 – Latrão II – O celibato se torna obrigatório para o clero. É realizado alguns esforços para remediar o cisma entre o oriente e o ocidente.
1179 – Latrão III – Faz vigorar as leis eclesiásticas e determina leis acerca da eleição papal e nomeação dos bispos.
1184 – Verona – É criado o Santo Ofício da Inquisição.
1215 – Latrão IV – O Papa Inocêncio III estabelece a obrigatoriedade da confissão e páscoa anuais para todos os cristãos. É oficializada a doutrina da transubstanciação.
1245 – Lion I – Convocada para resolver contenda com o imperador romano-germânico Frederico II, que acaba sendo deposto por decisão do Concílio.
1274 – Lion II – São feitas novas tentativas de reconciliar as igrejas orientais. É aprovada a lei "ubi periculum", com novas orientações para a eleição papal.
1311 – Viena – Suprimiu a Ordem dos Templários.
1414-1418 – Constança – Condenou as ideias de Jan Huss, e o queimou vivo, baixa o decreto "sacrossancta" determinando a supremacia do concílio sobre o Papa.
1431-1495 –Basiléia – É tentada mais uma vez uma aproximação com a Igreja Ortodoxa.
1512-1517 – Latrão V – A igreja luta por reformas e é neste concílio que é declarada a imortalidade da alma, e é desarmado o concílio cismático de Pisa.
1545-1563 – Trento – Ficou conhecido como o concílio da Contrarreforma para neutralizar o protestantismo, foi feito pronunciamento sobre as doutrinas dos grandes reformadores.
1869-1870 – Vaticano I – Proclamou a infalibilidade do Papa, e define a extensão do poder do primado papal.
1962-1965 – Vaticano II – Feitas várias reformas na igreja, foi abordado às várias vinculações entre diversos ramos da fé e suas relações com a sociedade secular e com instituições não cristãs, avançando em direção a uma posição ecumênica.

VII – O ESTADO PONTIFÍCIO CATÓLICO

O primeiro local onde os papas moravam era na Igreja e palácio São João de Latrão, em Roma, isto mais de três séculos depois de Cristo, mas, em 1309, devido o caos em Roma, a residência papal foi transferida para a cidade francesa de Avinhão, e só então em 1377 Gregório IX determina a residência papal novamente em Roma. O Vaticano era uma pequena casa construída em fins do século V por Símaco e que era destinada somente para o descanso dos papas. Até o ano de 1870 os papas exerciam tanto o poder espiritual como o poder temporal, até que a anexação dos Estados Pontifícios pela Itália deram fim ao domínio territorial da Igreja Católica Romana.
Por causa da unificação da Itália, anexando os Estados Pontifícios, todos os papas, desde Pio IX até o ano de 1929, todos os reis da Itália eram excomungados pela Igreja Católica. Mas no ano de 1929, o Papa Pio XI e o Ditador Fascista Mussolini assinaram o acordo de Latrão que restabelecia o poder temporal ao Papa, tornando o Vaticano um Estado Eclesiástico com todas as prerrogativas de um Estado soberano. O Vaticano é um pequeno bairro da cidade de Roma, com uma área aproximadamente triangular de apenas 440 mil metros quadrados. O Vaticano tem somente cerca de mil habitantes, sendo um dos menores Estados do mundo.
A Igreja Católica se aliou com os piores demônios e os piores homens para conquistar o poder temporal. A Igreja Católica se aliou a Hitler e Mussolini, ganhando deste último o Estado independente do Vaticano, em meio à mortandade da Segunda Guerra Mundial. A história não pode ser apagada.
VATICANO
A cidade do Vaticano possui vários museus que guarda um conjunto impressionante de tesouros e relíquias. Entre os museus destacam-se o Museu Pio-Clemente, Museu Chiaramonti, Museu Profano, Museu Sacro, e ainda o Museu Etrusco e o Museu Egípcio. A biblioteca do Vaticano é por sua vez um dos mais importantes centros de documentação do mundo, com mais de um milhão de livros, cerca de 70 mil manuscritos, e ainda há varias seções especiais, com papiros, manuscritos musicais, desenhos e autógrafos, entre os quais, o de Michelangelo, Lutero e Tomás de Aquino. Dentro das instituições culturais que há no Vaticano, não se pode deixar de citar a Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano que anualmente faz reuniões para estudos específicos.
Uma das monumentais construções do Vaticano é a capela Sistina, construída em 1473, que veio a ser decorada pelo próprio Michelangelo, esta capela foi o local reservado por Júlio II, para as cerimônias importantes da Igreja. O costume foi mantido pela Igreja Católica, e é nela que se realiza até hoje os conclaves que escolhem os papas.
A administração do Vaticano é exercida pelo Papa, soberano absoluto do Estado, que exerce seus poderes por intermédio de uma comissão pontifícia. Depois do papa, a principal autoridade é o Secretário de Estado que controla diretamente todas as relações diplomáticas do Vaticano com o mundo. Todos os dias a primeira pessoa que o papa recebe é o Secretário de Estado para resolver as questões prioritárias.
No Vaticano há três tribunais que completam os quadros administrativos, disciplinares e judiciários da Santa Sé. Enquanto a Sacra Penitenziaria é o tribunal que julga apenas os casos de consciência, a Sacra Rota Romana e a Signatura Apostólica cuidam de todos os poderes judiciais submetidos às leis eclesiásticas, e possuem autoridade externa.
O Vaticano como Estado Independente é regido pela sua própria constituinte, cunha sua própria moeda, possui um hino e uma bandeira. A base da economia são contribuições conhecidas como vintém de São Pedro, e das cotas de pagamento dos serviços das congregações e outras instituições eclesiásticas, também outras fontes de renda são as emissões de selos, lembranças, ingressos para seus museus e venda de diversas publicações.

VIII - CRONOLOGIA DOS PAPAS

A Igreja Católica diz que o primeiro papa foi o apóstolo Pedro, mas não há provas, nem bíblicas, nem históricas sobre esta alegação. Em seguida a Igreja Católica cita todos os bispos de Roma como sendo papas, sucessores de Pedro. O papado não foi criado por Cristo, nem faz parte da doutrina das Escrituras Sagradas, mas foi uma distorção administrativa na mesma proporção que os cristãos se afastavam da singeleza do cristianismo puro. Repasso a lista de papas que a Igreja Católica alega, incluindo todos os bispos de Roma, contudo, historicamente, somente em 343 o Concílio dos Bispos Ocidentais em Sárdica, passa a reconhecer a autoridade do bispo de Roma e somente em 384 o bispo de Roma, Sirício passa a usar o título de Papa. Vamos dar os nomes dos "papas", os nomes de nascimento, os anos que perduraram seus pontificados e a nacionalidade dos mesmos.
Talvez esta lista não combine com alguma outra que você tenha em mão, este problema se dar por alguns motivos, entre eles: Porque a data em que alguns assumiram e deixaram o papado não se sabe com exatidão. Outro motivo é que muitos se intitulavam papa (antipapa), então, alguns consideravam este o verdadeiro e não aquele outro, daí onde predomina a confusão cronológica dos nomes. Um exemplo disso foi a tripla deposição do Benedito IX em 1044, em 1046 e em 1048. Se estas deposições forem consideradas ilegítimas por algum comentarista, então os papas Silvestre III, Gregório VI e Clemente II devem ser considerados antipapas.
1 – Pedro (filho de Jonas) 33-67 (Galiléia)
2 – Lino 67-79 (Itália)
3 – Anacleto 79-92 (Itália)
4 – Clemente I (Clemente de Roma) 92-101 (Itália)
5 – Evaristo 99-107 (Grécia)
6 – Alexandre 107-116 (Itália)
7 – Xisto I 116-125 (Itália)
8 – Telésforo 125-138 (Grécia)
9 – Higino 138-142 (Grécia)
10 – Pio I 142-155 (Itália)
11 – Aniceto 155-156 (Síria)
12 – Sótero 156-174 (Itália)
13 – Eleutério 174-189 (Grécia)
14 – Vítor I 189-199 (África)
15 – Zeferino 199-217 (Itália)
16 – Calixto 217-222 (Itália)
17 – Urbano I 222-230 (Itália)
18 – Ponciano 230-235 (Itália)
19 – Antero 235 (Grécia)
20 – Fabiano 236-250 (Itália)
21 – Cornélio 251-253 (Itália)
22 – Lúcio 253-254 (Itália)


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Jesus e os apóstolos nunca mataram ninguém e nunca permitiu sob qualquer pretexto que os cristãos executassem seus inimigos, pelo contrário, Jesus ensinou a bendizer e orar pelos que nos perseguem. Mas a Igreja Católica se estabeleceu no mundo pelo terror, como fazem os grupos radicais do islamismo. Matando em nome de Deus.
23 – Estevão 254-257 (Itália)
24 – Xisto II 257-258 (Grécia)
25 – Dionísio 259-268 (Grécia)
26 – Felix 269-274 (Itália)
27 – Eutiquiano 275-283 (Itália)
28 – Caio 283-296 (Iugoslávia)
29 – Marcelino 296-304 (Itália), em seguida 4 anos sem papa.
30 – Marcelo 308-309 (Itália)
31 – Euzébio 309-310 (Grécia)
32 – Melquíades 311-314 (África)
33 – Silvestre 314-335 (Itália)
34 – Marcos 336 [10 meses] (Itália)
35 – Julio 337-352 (Itália)
36 – Libério 352-366 (Itália)
37 – Dâmaso I 366-384 (Espanha)
38 – Sirício 384-399 (Itália)
39 – Anastácio I 399-401 (Itália)
40 – Inocêncio I 401-417 (Albânia)
41 – Zôzimo 417-418 (Grécia)
42 – Bonifácio I 418-422 (Itália)
43 – Celestino I 422-432 (Itália)
44 – Xisto III 432-440 (Itália)
45 – Leão I (O Grande) 440-461 (Itália)
46 – Hilário 461-468 (Itália)
47 – Simplício 468-483 (Itália)
48 – Felix II 483-492 (Itália)
49 – Gelásio I 492-496 (África)
50 – Anastácio II 496-498 (Itália)
51 – Símaco 498-514 (Itália)
52 – Hormisdas 514-523 (Itália)
53 – João I 523-526 (Itália)
54 – Félix III 526-530 ((Itália)
55 – Bonifácio II 530-532 (Italiano do origem gótica)
56 – João II 533-535 (Itália)
57 – Agapito 535-536 (Itália)
58 – Silvério 536-537 (Itália)
59 – Vigílio 537-555 (Itália)
60 – Pelágio 556-561 (Itália)
61 – João III 561-574 (Itália)
62 – Benedito I 575-579 (Itália)
63 – Pelágio II 579-590 (Itália)
64 – Gregório I (o Grande) 590-604 (Itália)
65 – Sabiniano 604-606 (Itália)
66 – Bonifácio III 607 [9 meses] (Itália)
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Como você pode se associar a uma instituição que colaborou com Hitler? O Papa Bento XVI, quando jovem pertencia à juventude nazista. Os cardeais e o Papa colaboraram com o nazismo e o fascismo.

67 – Bonifácio IV 608-615 (Itália)
68 – Deusdedit ou Adeodato I 615-625 (Itália)
69 – Bonifácio V 619-625 (Itália)
70 – Honório I 625-638 (Itália)
71 – Severino 640 [4 meses] (Itália)
72 – João IV 640-642 (Iugoslávia)
73 – Teodoro I 642-649 (grego nascido em Jerusalém)
74 – Martinho I 649-655 (Itália)
75 – Eugênio I 654-657 (Itália)
76 – Vitalino 657-672 (Itália)
77 – Deusdedit ou Adeodato II 672-676 (Itália)
78 – Dono I 676-678 (Itália)
79 – Agato 678-681 (Itália)
80 – Leão II 682-683 (Itália)
81 – Benedito II 684-685 (Itália)
82 – João V 685-686 (Síria)
83 – Cónon 686-687 (Itália)
84 – Sérgio I 687-701 (Síria)
85 – João VI 701-705 (Grécia)
86 – João VII 705-707 (Grécia)
87 – Sisínio 708 (Síria)
88 – Constantino 708-715 (Síria)
89 – Gregório II 715-731 (Itália)
90 – Gregório III 731-741 (Síria)
91 – Zacarias 741-752 (Grécia)
92 – Estevão 753 [não consagrado](Itália)
93 – Estevão II 752-757 (Itália)
94 – Paulo I 757-767 (Itália)
95 – Estevão III 768-772 (Itália)
96 – Adriano I 772-795 (Itália)
97 – Leão III 796-817 (Itália)
98 – Pascoal I 817-824 (Itália)
99 – Eugênio II 824-827 (Itália)
100 – Valêncio 827 [2 meses] (Itália)
101 – Gregório IV 827-844 (Itália)


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Como eu posso fazer parte de uma religião que matava em nome de Deus por séculos a fio? Como eu posso fazer parte de uma religião que diz que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas matava quem distribuísse Bíblias ou mesmo as lesse?

102 – Sérgio II 844-847 (Itália)
103 – Leão IV 847-855 (Itália)
104 – Benedito III 855-858 (Itália)
105 – Nicolau I (o Grande) 858-869 (Itália)
106 – Adriano II 869-872 (Itália)
107 – João VIII 872-882 (Itália)
108 – Marino I ou Martinho II 882-884 (Itália)
109 – Adriano III 884-885 (Itália)
110 – Estevão V 885-896 (Itália)
111 – Bonifácio VI 896 [um mês] (Itália)
112 – Estevão VI 896-897 (Itália)
113 – Romano 897 [quatro meses] (Itália)
114 – Teodoro II 897 [um mês] (Itália)
115 – João IX 898-900 (Itália)
116 – Benedito IV 900-903 (Itália)
117 – Leão V 903 [3 meses] (Itália)
118 – Sérgio III 904-911 (Itália)
119 – Anastácio III 911-913 (Itália)
120 - Lando 913-914 (Itália)
121 – João X (Giovanni de Tossignani) 914-928 (Itália)
122 – Leão VI 928 [oito meses] (Itália)
123 – Estevão VII 929-931 (Itália)
124 – João XI 931-935 (Itália)
125 – Leão VII 936-939 (Itália)
126 – Estevão VIII 939-942 (Itália)
127 – Marino II ou Martinho III 942-946 (Itália)
128 – Agapito II 946-955 (Itália)
129 – João XII (Ottaviano) 955-964 (Itália)
130 – Leão VIII 963-965 (Itália)
131 – João XIII 965-972 (Itália)
132 – Benedito VI 973-974 (Itália)
133 – Benedito VII 974-983 (Itália)
134 – João XIV (Pietro Canepanova) 983-984 (Itália)
135 – Bonifácio VII 984-985 (Itália)
136 – João XV 985-996 (Itália)
137 – Gregório V (Bruno de Caríntia) 996-999 (Alemanha)


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Qualquer um que discordasse da Igreja Católica na Idade Media, era acusado de heresia, e o fim era a morte na fogueira. História não é para esquecer, é para lembrar...

138 – Silvestre II (Gelbert) 999-1003 (França)
139 – João XVII (Giovanni Sicco) 1003 (França)
140 – João XVIII (Fasano) 1003-1009 (Itália)
141 – Sérgio IV (Pietro Bucaporci) 1009-1012 (Itália)
142 – Benedito VIII (Teofilato) 1012-1024 (Itália)
143 – João IX 1024-1032 (Itália)
144 – Benedito IX 1032-1044 (Itália)
145 – Silvestre III (João) 1045 [2 meses] (Itália)
146 – Benedito IX 1045 [2 meses, pela segunda vez é papa]
147 – Gregório VI (Giovanni Graziano) 1045-1046 (Itália)
148 – Clemente II (Suidger) 1046-1047 (Alemanha)
149 – Benedito IX 1047-1048 (pela terceira vez é papa)
150 – Dâmaso II (Popo) 1048 [2 meses] (Alemanha)
151 – Leão IX (Bruno de Egishein) 1048-1054 (Alemanha)
152 – Vitor II (Gebhard) 1055-1057 (Alemanha)
153 – Estevão IX (Frederic) 1057-1058 (França)
154 – Nicolau II (Gerard) 1058-1061 (França)
155 – Alexandre II (Anselmo de Baggio) 1061-1073 (Itália)
156 – Gregório VII (Hildebrando do Soana) 1073-1085 (Itália)
157 – Vítor III (Daufério Desidério) 1086-1087 (Itália)
158 – Urbano II (Odon de Lagny) 1088-1099 (França)
159 – Pascoal II (Raniero de Bieda) 1099-1118 (Itália)
160 – Gelásio II (Gian de Gaota) 1118-1119 (Itália)
161 – Calixto II (Guy de Borgonha) 1119-1124 (França)
162 – Honório II (Lambert Flagnono) 1124-1130 (Itália)
163 – Inocêncio II (Gregório de Paparesh) 1130-1143 (Itália)
164 – Celestino II (Guido de Castelo) 1143-1144 (Itália)
165 – Lucio II (Geraldo Caccianemici) 1144-1145 (Itália)
166 – Eugênio III (Bernardo de Montemagno) 1145-1153 (Itália)
167 – Anastácio IV (Conrado de Suburra) 1153-1154 (Itália)
168 – Adriano IV (Nicholas Breakspear) 1154-1159 (Inglaterra)
169 – Alexandre III (rolando Bandinelli) 1159-1181 (Itália)
170 – Lúcio III (Ubaldo Allucingoli) 1181-1185 (Itália)
171 – Urbano III (Umberto Crivelli) 1185-1187(Itália)
172 – Gregório VIII (Alberto de Morra) 1187 (Itália)
173 – Clemente III (Paolo Escolari) 1187-1191 (Itália)
174 – Celestino III (Giacinto Bobo) 1191-1198 (Itália)
175 – Inocêncio III (Lotário de Segni) 1198-1216 (Itália)
176 – Honório III (Cenco Savelli) 1216-1227 (Itália)
177 – Gregório IX (Ugo) 1227-1241 (Itália)
178 – Celestino IV (Goffredo Castiglioni) 1241 (Itália)
179 – Inocêncio IV (Sinibaldo Freschi) 1241-1254 (Itália)
180 – Alexandre IV (Rolando de Segni) 1254-1261 (Itália)
181 – Urbano IV (Jacques) 1261-1264 (França)
182 – Clemente IV (Guy Foulques) 1265-1268 (França)
183 – Gregório X (Tebaldo) 1271-1276 (Itália)


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Queimar cristãos que não aceitassem a autoridade do papa era recorrente na história do catolicismo.

184 – Inocêncio V (Pierre) 1276 [ 5 meses] (Itália)
185 – Adriano V (Ottobono) 1276 [2 meses] (Itália)
186 – João XXI (Pedro) 1276-1277 (Portugal)
187 – Nicolau III (Gaetano Orsini) 1277-1280 (Itália)
188 – Martinho VI (Simon) 1281-1285 (França)
189 – Honório IV (Jacobus) 1285-1287 (Itália)
190 – Nicolau IV (Girolamo) 1288-1292 (Itália)
191 – Celestino V (Pietro) 1294 [5 meses] (Itália)
192 – Bonifácio VIII (Benedeto 1294-1303 (Itália)
193 – Benedito XI (Nicollo) 1303-1304 (França)
194 – Clementino V (Bertrand) 1305-1314 (França)
195 – João XXII (Jacques) 1316-1334 (França)
196 – Benedito XII (Jacques) 1334-1342 (França)
197 – Clemente VI (Pierre) 1342-1352 (França)
198 – Inocêncio VI (Etienne) 1352-1362 (França)
199 – Urbano V (Guillaume) 1362-1370 (França)
200 – Gregório XI (Pierre) 1370-1378 (França)
201 – Urbano VI (Bartolomeo 1378-1389 (Itália)
202 – Bonifácio IX (Pietro) 1389-1404 (Itália)
203 – Inocêncio VII (Cosimo) 1404-1406 (Itália)
204 – Gregório XII (Angelo) 1406-1409 (Itália)
205 – Alexandre V 1409-1410 (Creta)
206 – João XXIII 1410-1415 (Itália)
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Quando mais a humanidade precisou da Igreja Católica, ela estava do lado do inimigo...

207 – Martinho V (Oddo) 1417-1431 (Itália)
208 – Eugênio IV (Gabriel) 1431-1447 (Itália)
209 – Nicolau V (Tomasso) 1447-1455 (Itália)
210 – Calixto III (Afonso) 1455-1458 (Espanha)
211 – Pio II (Enea) 1458-1464 (Itália)
212 – Pulo II (Pietro) 1464-1471 (Itália)
213 – Xisto IV (Francesco) 1471-1484 (Itália)
214 – Inocêncio VIII (Giovanni) 1484-1492 (Itália)
215 – Alexandre VI (Rodrigo) 1492-1503 (Espanha)
216 – Pio III (Francesco) 1503 – [2 meses] (Itália)
217 – Julio II (Giuliano) 1503-1513 (Itália)
218 – Leão X (Giovanni) 1513-1521 (Itália)
219 – Adriano VI (Adriano) 1522-1523 (Holanda)
220 – Clemente VII (Giulio) 1523-1534 (Itália)
221 – Paulo III (Alessandro) 1534-1549 (Itália)
222 – Julio III (Giovanni) 1550-1555 (Itália)
223 – Marcelo II (Cervini) 1522 [2 meses] (Itália)
224 – Paulo IV (Gian) 1555-1559 (Itália)